terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mortalidade geral por sexo;


ANÁLISE: MORTALIDADE GERAL SEGUNDO SEXO

INTRODUÇÃO


Indicadores de mortalidade são utilizados para descrição das condições de saúde de uma população, na investigação epidemiológica e avaliação de intervenções em saúde. Mas seu uso como indicador tem algumas limitações, uma vez que exprime gravidade e pode reflete a história incompleta da doença. Óbitos são eventos que incidem em pequena parcela da população e as mudanças nas taxas de mortalidade são lentas (BRASIL, 2007).
Os principais indicadores de mortalidade são coeficiente geral de mortalidade, coeficientes específicos e mortalidade proporcional, mortalidade por sexo, mortalidade por idade, mortalidade por causas e mortalidade por local (MEDRONHO, 2006).
As fontes de dados sobre mortalidade são oriundas principalmente das estatísticas constantes nos anuários, relatórios e outras publicações.  Como fonte de dados internacionais temos: Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saùde (OMS), Organização Panamericana de Saúde (OPS), UNICEF, Banco Mundial. E Nacionais, os anuários do Ministério da Saúde e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Os atestados de óbitos são fontes primárias de mortalidade e são dispostas nas Secretárias Estaduais de Saúde ou de Planejamento e nos Cartórios de Registros Civil (arquivos ou livros próprios para registro). Os registros e livros de autópsias também são fontes  nos hospitais e institutos de medicina legal. Nos serviços de saúde, temos como fonte os prontuários e estatísticas hospitalares. Para algumas doenças e agravos, temo registros especiais, como na tuberculose e câncer. Constituem-se também fontes os inquéritos, os recenseamentos demográficos e os registros diversos (repartições de polícia e departamentos de trânsito) (BRASIL, 2003).
A Mortalidade por sexo estuda o perfil de mortalidade destacando o padrão de mortalidade masculina e feminina em um determinado lugar e tempo. O coeficiente de mortalidade por sexo é expresso pelo número de óbitos de um dado sexo dividido pela população do mesmo gênero, na metade do período vezes mil (BRASIL, 2007).

RESULTADOS E DISCUSSÃO


A parir do gráfico podemos afirmar que morem mais homens que mulheres no estado do Rio Grande do Norte. Os números do Censo Demográfico de 2010 divulgados pelo IBGE mostram o número de mortes no Brasil e constatou que morrem mais homens do que mulheres no Brasil.
Durante o Censo 2010, todos os domicílios foram visitados de norte a sul do país e pela primeira vez a mortalidade foi questão de pesquisa. Foram então levantados o número de mortes e sua distribuição por gênero. Entre agosto de 2009 e julho de 2010, o Censo somou 1.034.418 mortes no Brasil. E, para cada 100 óbitos de mulheres, houve 133 de homens. Os Homens entre 20 e 24 anos constituem um grupo de alto risco de acordo com os dados do último Censo. Nessa faixa etária, para cada grupo de 100 mulheres que morreram, o Brasil perdeu também 420 homens. A diferença impressiona, e é ainda maior em algumas regiões. Em Alagoas, são 798 homens para cada 100 mulheres mortas (IBGE, 2010; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
No Brasil, a expectativa de vida das mulheres é superior àquela dos homens. Em outros países também ocorre tal desfecho. Nos Estados Unidos, por exemplo, o diferencial é de 6,7 anos, na França, ele ultrapassa os 8 anos. Em certos casos, ele é muito elevado, como na Rússia, com uma diferença de 14 anos, mas em outros, ele é muito menor, como por exemplo no Irã (1,4 ano), na Índia (0,6 ano) ou em Bangladesh (0,1 ano), para citar apenas os países com mais de 50 milhões de habitantes (VALLIN; MESLÉ,  1988).

REFERÊNCIAS

BRASIL. Guia metodológico de avaliação e definição de indicadores; Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde; Brasília, 2007.
BRASIL. Legislação do SUS. Conselho Nacional de Secretários de Saúde; Brasília: CONASS, 2003.
IBGE. Indicadores Sociodemográficos e de Saúde no Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; Rio de Janeiro, 2010.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Curso Básico de Vigilância Epidemiológica; 1° ed. Brasília, 2005.
VALLIN Jacques; MESLÉ France. Mortalidade, sexo e gênero. In: Antonella Pinelli (Org.). Trad. de Renato Aguiar; Cristina Cavalcanti. Demographicas. V. 2. Campinas: Associação Brasileira de Estudos Populacionais-ABEP, 2004. 222p.
Vermelho, Letícia L.; Leal, Antônio José C.; Kale, Pauline L. – Indicadores de Saúde, in Medronho, Roberto A.; Epidemiologia. São Paulo; Ed. Atheneu, 2006



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