Coeficiente de Mortalidade geral / 1000hab,
no período de
2006 a 2010,
no estado do Rio Grande do Norte/RN.
Fonte:
SIM/SESAP/SUVIGE
O coeficiente de Mortalidade Geral ou Taxa de
Mortalidade é usado, principalmente, de forma a completar a descrição das condições de saúde
de uma população, para investigação epidemiológica e avaliação de intervenções em
saúde. Apesar de apresentar algumas limitações, como não levar em conta a
influência da estrutura etária da população, sendo, portanto influenciada pela
mesma (populações mais velhas apresentam maior risco de morrer), esse indicador
estima o risco de morrer a que está sujeita uma pessoa de uma determinada área,
num determinado ano (UFMG, 2011) e pode ser obtido através da seguinte fórmula:
CMG = (Nº total de
óbitos / População Total) x 1000
hab.
A taxa de Mortalidade no Brasil
vem sofrendo significativas quedas, de 1980 a 2001 a taxa diminuiu em cerca de
11,1%. Atualmente o coeficiente de
mortalidade do Brasil é de 6,36/mil hab. (INDEXMUNDI, 2011). A capital, Natal,
tem uma taxa de Mortalidade de 5,5/1 mil hab., o estado do Rio Grande do Norte,
4,6/1 mil hab., e a Região Nordeste, 5,1/1 mil habitantes (BRASIL, 2004).
Os países do chamado terceiro mundo
vêm apresentando, nas últimas décadas, um progressivo declínio nas suas taxas
de mortalidade (RAMOS; VERAS; KALACHE, 1987). O Brasil, assim como os países
desenvolvidos, vem apresentando significantes quedas na sua taxa de mortalidade,
graças a uma série de fatores que, nas últimas décadas, contribuíram ativamente
para este contexto, como: a redução das doenças infecciosas, ampliação e
disseminação das vacinas para a maioria da população em geral, melhor tratamento
das doenças crônicas, queda na taxa de mortalidade infantil e fecundidade. Esse fenômeno vem ocorrendo de tal maneira,
que, atualmente, o coeficiente de mortalidade geral do Brasil é menor do que os
países desenvolvidos, como Portugal ( 10,8 / mil hab.) e Estados Unidos ( 9,36/
mil hab) (INDEXMUNDI, 2011).
O gráfico representa a evolução da Mortalidade Geral ocorrida no estado
do Rio Grande do Norte, nos anos de 2006 a 2010. Ao analisar o gráfico, o
aumento percebido pode ser devido, a saber: a elevação do número de mortes por
causas violentas; epidemias de Dengue e Gripe H1N1, que acometeram o estado e a
cidade do Natal no período de 2008 – 2010; aumento populacional e a melhora na cobertura
do sistema de informações sobre mortalidade.
Referências:
INDEXMUNDI. Taxa de
Mortalidade mundo. Disponível em: www.indexmundi.com. Acesso em 17/12/2011.
PRATA, P. R. The Epidemiologic Transition in Brazil. Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 8 (2): 168-175, abr/jun,
1992.
UFMG. Departamento de medicina preventiva e social.
Análise da situação de saúde da população:
medidas de Mortalidade. Disponível em
http: http://www.medicina.ufmg.br/dmps/epidemiologia/pag-fernanda/ModuloI_LaboratorioMortalidade_PartesIeII.pdf Acesso em 17/12 2011
Ramos, Luiz Roberto; Veras, Renato, P.; Kalache, Alexandre.
Envelhecimento populacional: uma realidade brasileira. Revista de saúde pública. São Paulo, 21(3): 211-24, 1987.
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